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Ovos de galinha podem melhorar cirurgia no ligamento do joelho

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Analisar a casca do ovo ajuda a ter ideias para cirurgias de reconstrução do ligamento do joelho (Imagem: Katherine Chase/Unsplash) | Foto: Canaltech

Mesmo após todos esses anos, fazer uma cirurgia no ligamento dos joelhos pode ser um desafio para a comunidade médica. A parte difícil é usar o material de enxerto de ligamento fibroso (que é macio e úmido) no osso (que, como você já deve saber, é bem duro). Mas pesquisadores da McGill University, do Canadá, fizeram novas descobertas que podem beneficiar esses procedimentos. Tudo isso ao observar a casca de um ovo.

No artigo, publicado na revista iScience, com técnicas que vão de raio-X a imagens 3D e até criopreservação, a equipe observou detalhadamente como a casca de ovo consegue se ligar à membrana fibrosa úmida (uma fina camada encontrada dentro da casca).

Quando o ovo se desenvolve, a casca envia nanospikes para as fibras da membrana, que envolve o conteúdo mole do interior do ovo. Esses nanospikes são estruturas microscópicas que se assemelham a pequenas protuberâncias. Nesse caso, são pequenas compostas de minerais e desempenham um papel importante na interação entre a casca do ovo e sua membrana, facilitando processos como a adesão e a estabilidade estrutural.

De acordo com o anúncio da universidade, o processo de fixação de nanospike entre dois materiais altamente diferentes “aumenta substancialmente a área superficial da interface entre as fibras orgânicas macias e úmidas e o mineral inorgânico duro e em grande parte seco”.

A equipe explica que o procedimento é importante para evitar o escorregamento e deslizamento das fibras.

Se a membrana se desprendesse da casca, isso pode ser letal para o embrião do pintinho dentro do ovo, porque resultaria não só no enfraquecimento da casca, como também tornaria mais fácil a invasão de patógenos.

Descoberta pode ajudar em cirurgias

Os cientistas acreditam que descobrir essa interação entre uma superfície muito mole e uma superfície muito dura pode ajudar a longo prazo, no desenvolvimento de novos  materiais para cirurgias reconstrutivas, como adesivos biocompatíveis, já que em cirurgias de reconstrução de ligamento do joelho, a fixação adequada do enxerto é crucial para o sucesso da cirurgia e para a recuperação do paciente.

Assim, o estudo pode servir de pontapé inicial para ideias de materiais que ajudem a reduzir o tempo necessário para a integração do enxerto com o osso circundante e minimizar o risco de complicações, como o deslocamento do enxerto.

Também há potencial para novos materiais que estimulem a cicatrização e regeneração do tecido, promovendo assim uma resposta biológica favorável no local da cirurgia, levando a uma recuperação mais rápida e em uma maior resistência do enxerto a forças mecânicas após a cirurgia de ligamento do joelho.

Reconstrução de ligamento no joelho

Uma cirurgia de reconstrução de ligamento no joelho ajuda a reparar ou até mesmo substituir um ligamento rompido ou danificado. Para garantir a estabilidade e a função adequadas do joelho após a cirurgia, é essencial que o enxerto seja firmemente fixado ao osso, geralmente por meio de âncoras metálicas. Também é importante que o enxerto se integre adequadamente com o osso para promover a cicatrização e a regeneração do tecido.

A fixação inadequada do enxerto pode levar a complicações pós-cirúrgicas, como o deslocamento do enxerto, a falha da reconstrução do ligamento ou a instabilidade articular. Portanto, é essencial desenvolver técnicas e abordagens que otimizem essa fixação. Os cientistas esperam que as novas informações obtidas através da observação da casca de ovo ajudem nessa tarefa.

Fonte: McGill University, iScience, NHS

Conheça a história das crianças incas encontradas congeladas nos Andes

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Três crianças congeladas estão expostas em um museu de Salta, na Argentina | Foto: Wikipedia
Três crianças congeladas estão expostas em um museu de Salta, na Argentina | Foto: Wikipedia

Um dos maiores achados da arqueologia mundial, as crianças de Llullaillaco, chamadas também de múmias de Llullaillaco, foram descobertas nas montanhas da Argentina em 1999 pelo pesquisador Johan Reinhard. Agora, as múmias das crianças estão expostas em um discreto museu argentino.

Essa história muitas vezes passa despercebida pelos visitantes de Salta, na Argentina, que abriga o museu que relata esse mistério da arqueologia.

As três crianças incas, duas meninas e um menino, foram desenterradas no topo do vulcão Llullaillaco, nos Andes, a 6.739 metros de altitude, na fronteira entre a Argentina e o Chile, durante uma expedição científica.

La Niña del Rayo, el Niño e Doncella morreram 500 anos atrás em um ritual de sacrifício dos incas aos deuses, mostram pesquisas. Na região, montanhistas já encontraram ao menos 25 crianças incas mumificadas.

A múmia mais velha, conhecida como “A Donzela”, morreu por volta dos

As Crianças de Llullaillaco, chamadas de múmias de Llullaillaco, são um achado arqueológico de 1999 | Foto: Wikipedia

15 anos, enquanto dormia. A jovem estava com um vestido e um cocar de penas, o cabelo trançado e, segundo cientistas, apresentava uma infecção pulmonar.

A outra menina mumificada, conhecida como “A menina do raio”, morreu com seis anos aproximadamente, e teve seu rosto danificado por um raio que caiu sobre ela.

Já o menino morreu com cerca de sete anos, e sua morte pode ter se dado por asfixia, uma vez que a criança foi encontrada com manchas de sangue e vômito em sua roupa. As roupas das três crianças indicam que eles pertenciam à nobreza inca.

“A Donzela” provavelmente era uma aclla, ou seja, uma menina escolhida aos 10 anos para ser esposa de membros da elite ou sacerdotisa. Entretanto, algumas eram escolhidas para os rituais de sacrifício.

Atualmente as múmias das crianças estão expostas no Museu de Arqueologia de Alta Montanha, na cidade de Salta, museu criado especialmente para a exibição das múmias desde 2007, e fica a cerca de 1.510 quilômetros a noroeste de Buenos Aires.

Assumiu? Edu Guedes se pronuncia sobre romance com Ana Hickmann

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Edu Guedes e Ana Hickmann | Foto: Reprodução/Instagram / Mais Novela
Edu Guedes e Ana Hickmann | Foto: Reprodução/Instagram / Mais Novela

Edu Guedes decidiu se pronunciar mais uma vez sobre o suposto relacionamento que estaria vivendo com Ana Hickmann. Após ser apontado como amante da apresentadora, durante período em que estava casa com Alexandre Correa, o chef de cozinha enviou um comunicado, através de sua assessoria de imprensa, para o Portal Leo Dias, explicando sua versão.

Mas o que chamou a atenção de todos foi que, diferente da versão anterior em que disse não ter se envolvido amorosamente em momento algum com a loira, agora ele nega ter se relacionado com ela enquanto era casada.

“Nunca houve anterioridade de relacionamento e o que vem sendo dito só tem a finalidade de denegrir a honra do Edu. A ação indenizatória é de danos morais e materiais. Edu Guedes não é somente uma marca com quase 30 anos de trajetória, Edu Guedes é um ser humano, profissional, pai, filho, etc”, dizia.

No texto, ainda declarou: “Esse caos midiático desagrada tanto a marca como a pessoa do Edu. Essa ação indenizatória busca estancar essa disseminação de ódio, difamação e linchamento público que vem ocorrendo”.

Vale destacar que a nova declaração de Edu Guedes foi feita após o ex-marido de Ana Hickmann entrar com uma ação judicial contra o chef de cozinha. Alexandre Correia pede a prisão dele alegando o constrangimento ao filho Alezinho, de nove anos.

Cachorros podem detectar doença de Parkinson com 90% de precisão, diz estudo

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Cães de estimação cheiram a doença de Parkinson com quase 90% de precisão | Foto: Petr Jilek | Shutterstock / Portal EdiCase
Cães de estimação cheiram a doença de Parkinson com quase 90% de precisão | Foto: Petr Jilek | Shutterstock / Portal EdiCase

Cães de estimação de raças diversas podem detectar a doença de Parkinson com até 90% de precisão pelo olfato, revelou um estudo. Anteriormente, já se descobriu que os cachorros — cujo olfato pode ser até 100.000 vezes mais apurado que o dos humanos — detectam cheiros relacionados a certos tipos de câncer, à covid-19 e à malária.

No caso do Parkinson, isto pode ocorrer porque pessoas com a doença possuem centenas de substâncias químicas únicas em seu sebo, a substância oleosa que hidrata a pele. Como a condição não possui teste definido, cientistas avaliaram a possibilidade de essas substâncias serem usadas para auxiliar no diagnóstico.

Para as demais doenças, os estudos geralmente utilizavam labradores e cães pastores para a detecção. Agora, os pesquisadores Lisa Holt e Samuel Johnston, da instituição de caridade PADs for Parkinson, nos Estados Unidos, buscaram uma nova abordagem.

Eles recrutaram 23 cães de estimação de 16 raças que já foram utilizadas para detectar diversas condições médicas, bem como aquelas que geralmente não são criadas para esse propósito, como Pomerânias e Mastins Ingleses.

Como foi feito o estudo?

Quarenta e três pessoas diagnosticadas com doença de Parkinson e 31 voluntários sem condições médicas conhecidas forneceram amostras de sebo por meio de camisetas usadas durante a noite ou de amostras da parte superior das costas.

Cada cão foi submetido a um programa de treinamento com duração de pelo menos oito meses. Eles foram treinados para se comunicar quando identificavam uma amostra de Parkinson: sentando-se, latindo, batendo a pata ou balançando o nariz.

Após o treinamento, os animais foram expostos a amostras de sebo que não haviam encontrado anteriormente. Seus proprietários não sabiam se as amostras eram de alguém com ou sem Parkinson.

No geral, os cães identificaram as amostras de alguém com doença de Parkinson com 86% de precisão, em média, e não responderam às amostras dos voluntários saudáveis 89% das vezes.

Os testes do programa de treinamento continuam na Escola Nacional de Veterinária de Alfort, na França, diz Holt. “Uma vez realizado o treino, seria possível testar se os cães conseguem identificar a doença de Parkinson numa fase muito mais precoce, quando o conjunto completo de sintomas ainda não está presente”, disse em entrevista à New Scientist.

Sem terror na baliza! 5 tecnologias para estacionar que facilitam sua vida no trânsito

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Fazer balizas ou manobras complicadas para entrar em uma vaga de estacionamento pode ser o terror de algumas pessoas. Por isso, muitas acabam preferindo deixar o carro em um lugar mais afastado. Mas e se você soubesse que há tecnologias para estacionar que ajudam neste processo, e não será mais necessário ficar quebrando a cabeça – ou distorcendo excessivamente o volante?

Pensando nisso, o News Motor separou 5 tecnologias para te ajudar na hora de estacionar, tornando seu dia a dia no trânsito mais descomplicado.

5 tecnologias para estacionar

Sensor de estacionamento

De todas as tecnologias para estacionar, essa é, possivelmente, a mais conhecida. Isso porque o sensor de estacionamento já está presente em diversos modelos de carros, inclusive nos mais acessíveis. Essa tecnologia emite sons ou sinais visuais indicando a distância entre o veículo e os obstáculos próximos, por meio de sensores ultrassônicos instalados nos para-choques dianteiros e/ou traseiros. Assim, é uma alternativa interessante e mais barata para evitar colisões e arranhões durante as manobras.

Câmera de ré

A câmera de ré também é outra velha conhecida quando se trata de tecnologias para auxiliar no estacionamento. Ela oferece uma visão traseira do veículo em tempo real, ajudando o motorista a identificar a proximidade com obstáculos, o que é muito útil na realização de balizas. Para isso, uma ou mais câmeras são instaladas na parte traseira do carro e transmitem as imagens para a central multimídia.

Park Assist System

O Park Assist System (Assistente de Estacionamento) é uma tecnologia para estacionar mais completa, pois une recursos das duas anteriores, utilizando câmeras e sensores. Dessa forma, ela calcula exatamente as manobras necessárias para encaixar o carro na vaga desejada. Os sensores, câmeras e radares identificam, primeiramente, se o espaço da vaga é adequado para estacionar e, com isso, calculam a trajetória, cabendo ao motorista apenas controlar o acelerador, câmbio e freio, enquanto segue as orientações do sistema. Fácil demais, não é mesmo?

Hill Holder

Em tradução literal, o Hill Holder seria algo como “Suporte de Colina”, mas não é nada mais do que um Assistente de Saída em Rampa. Trata-se de um sistema de travamento automático dos freios que auxilia o veículo quando este está em um plano inclinado. Para isso, utiliza sensores para identificar a inclinação, controlar a velocidade das rodas e o torque até que o condutor acelere, garantindo uma saída segura e controlada da rampa.

Auto Hold

O Auto Hold é outra tecnologia para estacionar que traz segurança tanto para o carro quanto para o motorista, uma vez que o sistema impede o carro de se movimentar acidentalmente enquanto estiver parado. Isso, assim como o item anterior, é especialmente interessante para quando o veículo estiver parado em uma rampa. Com acionamento eletrônico, em uma frenagem, assim que o carro para de se mover, o Auto Hold mantém a pressão aplicada nos freios pelo pedal.

Etanol ou gasolina? Aprenda a ‘regra dos 70%’ e nunca mais rasgue dinheiro

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Foto: IADE Michojko/Pixabay

Etanol ou gasolina? Em tempos de carros flex, essa dúvida muitas vezes surge entre os motoristas. E, por falta de conhecimento, também acabam abastecendo com o combustível que nem sempre é o melhor naquele momento.

Foto: IADE Michojko/Pixabay

Até porque, em alguns estados, com a questão dos impostos, nem sempre um ou outro é vantajoso. E a dúvida entre usar etanol ou gasolina aumenta entre os condutores, até mesmo nos mais experientes.

No entanto, com uma dica das mais simples, é possível saber qual é mais vantajoso. E isso pode gerar um grande impacto positivo no seu bolso no final do mês.

Etanol ou gasolina? Uma conta simples

Então, vamos mostrar uma regrinha das mais simples para nunca mais esquecer. E não será preciso nem mesmo se preocupar se etanol ou gasolina são mais econômicos.

Neste caso, pegue o valor total do litro do etanol naquele determinado posto e divida pelo valor do preço da gasolina. Se o resultado da conta for menor que 0,7, o etanol é mais vantajoso. Caso contrário, opte pela gasolina.

Isso se justifica porque, embora o etanol seja mais barato que a gasolina, ele também consome mais. Normalmente, o etanol é 30% mais “beberrão” que o outro combustível, ainda mais na cidade.

Por isso, essa conta pode dar uma ideia de qual combustível utilizar no carro. Em muitos casos, o etanol é 20% ou até 40% mais beberrão. Por isso, considera-se a média de 30% na hora de calcular.

Pesquisa mostra desconhecimento

Uma pesquisa realizada pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) mostra que a maioria dos motoristas não conhece a regra dos 30%. Por exemplo, apenas 17% dos motoristas conhecem ou fazem a regra da conta do combustível. Outros 35,2% fazem o cálculo de vez em quando e 47,2% nunca o fizeram.

Mas é importante lembrar que, mesmo sendo mais barato, o etanol nem sempre é mais vantajoso. Se a conta resultar em um valor acima de 0,7, opte pela gasolina.

Em alguns estados, a preferência por etanol ou gasolina também vai depender dos impostos locais. Isso porque o etanol é mais caro em alguns estados do que em outros, o que faz muita gente preferir, de fato, a gasolina.

Por exemplo, em estados como São Paulo e Goiás, a dúvida entre etanol ou gasolina pode ser menor, pois, além de serem estados produtores, têm impostos mais baixos e deixam o biocombustível 100% nacional mais barato e convidativo para os proprietários de veículos.

Distritais derrubam veto e aprovam lei que garante até 3 dias de licença menstrual por sintomas graves

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O Governo do DF tem 15 dias úteis para se manifestar sobre os vetos | FOTO: MARCELLO CASAL JR
O Governo do DF tem 15 dias úteis para se manifestar sobre os vetos | FOTO: MARCELLO CASAL JR

Os deputados distritais derrubaram nesta terça-feira (20) o veto do governador Ibaneis e aprovaram o projeto de lei complementar que cria a “licença menstrual” e garante até três dias consecutivos a cada mês por sintomas graves associados ao fluxo menstrual. A medida é válida para servidoras públicas depois de homologação pela medicina do trabalho ou ocupacional. O projeto foi aprovado pela CLDF (Câmara Legislativa do DF) em abril do ano passado e foi vetado em maio. O Governo do DF tem 15 dias úteis para se manifestar sobre os vetos.

O projeto é de autoria de Max Maciel (PSOL), que justificou a proposta dizendo que em casos extremos, as menstruações podem ser acompanhadas de desmaios e muitas cólicas. “Em casos assim, o que ocorre é a negligência por parte das pessoas ao redor, uma vez que tais dores foram naturalizadas pela sociedade, fazendo com que doenças como a endometriose fossem negligenciadas pela ciência, pela medicina e por várias pacientes por muitos anos”, discorre.

Segundo o GDF, o projeto foi vetado por ser uma alteração do regime jurídico dos servidores distritais e inconstitucional.

Os distritais derrubaram o veto durante a sessão plenária de terça. “A derrubada do veto é muito importante e será fundamental para aquelas mulheres que sofrem com os sintomas e tem a sua produtividade prejudicada no trabalho”, afirma Max.

Uma proposta semelhante tramita no Congresso Nacional desde 2022 e aguarda a criação de uma comissão temporária para discutir essa e outras propostas que alterem as Leis Trabalhistas.

Resolução prevê canil e gatil em presídios com redução de penas para quem cuidar dos animais

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PEXELS/HELENA JANKOVIČOVÁ KOVÁČOVÁ
PEXELS/HELENA JANKOVIČOVÁ KOVÁČOVÁ

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária aprovou na manhã desta quarta-feira (21) uma resolução que estabelece a instalação de canil e gatil nos estabelecimentos penais. A medida inclui a redução de pena para os detentos que trabalharem cuidando dos animais, conforme o regime estabelecido na Lei de Execução Penal.

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça e Segurança Pública é responsável por propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança.

Segundo o relator da proposta, o conselheiro do colegiado, Alexander Barroso, a medida vai trazer benefícios às pessoas privadas de liberdade e aos animais abandonados. “Os efeitos recairão ao cumprimento da pena, permitindo ao recluso o exercício do trabalho, com finalidade técnica, educativa e produtiva, com a prospectiva de uma futura profissão,” explicou. Barroso acrescenta que a portaria também beneficia os animais, sob a perspectiva do resguardo sobre a vida, alimentação, saúde, meio ambiente equilibrado e oferta de adoção pela população.

Ainda segundo o relator da proposta, a convivência com animais pode representar vínculos afetivos saudáveis às pessoas privadas de liberdade, trazendo, portanto, benefícios psicológicos aos detentos.

A portaria cita, entre suas justificativas, as instalações do canil e gatil na Penitenciária de Tremembé 1 e no Centro de Detenção Provisória de Taubaté. Segundo o texto, essas instalações serviram de ferramentas de ressocialização dos detentos, além de proporcionar a “humanização do sistema de execução penal, de desenvolvimento da afetividade, dos aspectos sociais, morais e éticos, para contribuir para a construção da paz social”.

Para o especialista em Segurança Pública Leonardo Santana, a primeira coisa que deve acontecer é a adequação do sistema prisional. “Não adianta criar apenas a estrutura física. Não adianta fazer uma política pública sem a adequação do sistema prisional. O que não vi na resolução é o investimento para essa adequação e uma caracterização do que deve conter no escopo. É preciso haver uma descrição laboral de como o apenado pode ingressar no programa”, afirma. “Esse programa chega de forma positiva, mas precisamos ter vistas na ressocialização do apenado. Em um primeiro momento precisamos louvar a iniciativa, porque não é comum pensar em um reforço positivo em vez da mera punição ao apenado. Mas reforço ser necessário o investimento,” concluiu.

A portaria determina que o programa para instalação de canil ou gatil poderá ser implementado por meio de acordo de cooperação técnica celebrado entre os Poderes Executivo e Judiciário, e as secretarias de administração prisional e prefeituras municipais. O canil e o gatil, poderão ser instalados no perímetro dos estabelecimentos penais, em local adequado, fora das dependências onde dormem os detentos.

Antes de serem levados para as unidades prisionais, os animais deverão ser vacinados,
vermifugados e castrados pelo Centro de Controle de Zoonoses ou o órgão equivalente estadual, ou da prefeitura municipal. O programa também poderá ter atuação conjunta com órgãos como conselhos de comunidades e ONGs.

Entre os objetivos da iniciativa, estão:

• Qualificar as pessoas para reinserção no mercado de trabalho como portador de certificado
de curso técnico, possibilitando a sua contratação por empresas de diversos ramos;
• Preparar as pessoas para reinserção no mercado de trabalho por meio do empreendedorismo
autônomo;
• Possibilitar o retorno à sociedade das pessoas privadas de liberdade e egressos, com
qualificação profissional; e
• Proporcionar a empregabilidade dos reclusos na perspectiva de se evitar a reincidência
criminal.

O relator da proposta destaca que existe um mercado crescente de pet shops no Brasil. “Essas pessoas podem aprender um ofício quando saírem e voltarem a trabalhar […] A gente tem que começar a pensar nas práticas de empreendedorismo. A pessoa aprende a fazer banho e tosa, a cuidar do animal, enfim, passa a ter uma nova qualificação,” enumera. “Uma universidade, por exemplo, pode oferecer curso técnico para assistentes de veterinário,” acrescenta.

Diminua o risco de diabetes tipo 2 com a ajuda deste alimento comum

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Comer manteiga de amendoim todos os dias pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Apesar de ser rica em calorias, ela tem baixo índice glicêmico, sendo adequada até para quem já tem diabetes.

Estudos publicados no Journal of the American College of Nutrition (2018) e no Journal of the American Medical Association (2022) comprovam os benefícios da manteiga de amendoim na prevenção da diabetes. Consumir duas colheres de sopa por dia pode ajudar a reduzir o risco da doença.

A manteiga de amendoim é rica em magnésio, mineral que aumenta a sensibilidade à insulina, reduzindo os níveis de glicose no sangue. Além disso, ela diminui o estresse oxidativo e a inflamação, fatores que contribuem para o desenvolvimento da diabetes.

Ao escolher a manteiga de amendoim, opte por marcas sem adição de açúcar ou outros ingredientes prejudiciais. Consuma com moderação: duas colheres de sopa por dia são suficientes para obter os benefícios.

Incluir manteiga de amendoim na sua dieta é uma maneira simples e saborosa de prevenir a diabetes tipo 2. Experimente adicionar em sanduíches, frutas, smoothies ou como lanche entre as refeições.

Crise dos 30 anos aflige jovens com pressão por estabilidade e sucesso

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No papel, crianças viram adultos aos 18 anos no Brasil, quando são obrigados a votar e já podem beber e dirigir. Mas, na prática, a entrada na vida adulta é cheia de outros códigos e ritos de passagem -e eles vêm causando ansiedade aos que chegam aos 30, idade eleita como marco de um período de crise das gerações millennial e Z.

São jovens que acham que, ao completar três décadas, deveriam ter cumprido as expectativas como a de independência financeira, a de ter a própria casa –ou pelo menos morar fora da casa dos pais, mesmo que seja de aluguel-, a de ter estabilidade nos relacionamentos afetivos -na forma de casamentos, namoros firmes e até filhos– e a de ter uma carreira bem encaminhada. Planos que nem sempre estão todos cumpridos ao soprar as 30 velinhas, o que gera uma ansiedade batizada de crise dos 30.

É o caso do publicitário Alef Lima, 30. Ele divide apartamento com um amigo em João Pessoa e é analista de marketing em uma construtora, mas nem por isso passou incólume pela tal crise. “Todo mundo fala dela. É a mais temida. Eu ia fazer aniversário e me perguntava, o que eu fiz da vida?”, diz. “Quando a gente é criança, espera conquistar o mundo aos 30. Parece algo tão distante.”

Para a psicóloga americana Satya Doyle Byock, especialista em jovens adultos, o termo crise não é a melhor palavra para definir esse período. “É um estado inteiro de desenvolvimento da vida, não um período de pânico que passa. Não quero enfatizar vergonha e disfunção, é um período que pode durar anos, mas isso não significa que não se pode sair dele”, afirma.

Doyle Byock escreveu “Quarterlife: The Search for Self in Early Adulthood”, crise de um quarto e o autoconhecimento no início da vida adulta, em tradução livre. O livro é fruto da ansiedade que ela mesma viveu nesse período, que ela define como o primeiro estágio da vida adulta, “entre a adolescência e a meia-idade”.

Ela diz que a própria definição do que é um adulto é uma questão filosófica. “O que foi tipicamente definido pela cultura é que o adulto é alguém estável, que pode se sustentar, cuidar dos outros, sejam crianças ou idosos. Há um senso de estabilidade financeira e das relações. E as mulheres, historicamente, sofrem com a exigência do casamento e dos filhos.”

Essa expectativa de estabilidade por si só não explica o fato de a crise dos 30 ser um tema debatido entre os Millennials e a Geração Z, ou seja, os nascidos entre 1980 e 2010. Para o professor de finanças do Insper Ricardo Humberto Rocha, a preocupação financeira afeta os jovens atualmente.

“Hoje, eles passaram por processos de pandemia, estão vendo guerras na Europa e no Oriente Médio. Os baby boomers [nascidos entre 1945 e 1964] foram levados a acreditar que o mundo era tranquilo, que a Guerra Fria tinha acabado.”

Doyle Byock também ressalta que as instabilidades globais têm um papel grande no agravamento dessa ansiedade. “É confuso porque a ideia de ser adulto é calcada na noção de estabilidade, mas, em termos globais, vivemos instabilidade social, econômica, ambiental. É difícil fazer sentido.”

Mesmo assim, a comparação com gerações anteriores parece inevitável para os jovens de hoje. Alef, por exemplo, pensa no que a mãe dele havia conquistado aos 30 e se compara. “Não que eu esteja desconfortável, mas sempre bate aquela crisezinha. Aquela insatisfação de pensar que minha mãe com 30 anos já tinha casa, já tinha carro.”

A psicóloga ressalta outro aspecto da ansiedade associada ao período, que diz respeito ao autoconhecimento. Ela afirma que, embora essa busca pareça uma novidade das novas gerações, sempre esteve ali, “só foi suprimida por expectativas culturais e sociais” e ganha espaço agora.

Ela divide os jovens adultos em dois tipos: os que buscam estabilidade e os que buscam significado. “Os primeiros ficam confortáveis subindo degraus da trajetória pré-estabelecida da vida adulta, mas frequentemente se frustram quando conseguem todas essas coisas”, diz.

Essa frustração ocorre porque são marcos que costumam ser associados à economia. “De modo geral, não temos valores religiosos, familiares ou sociais claros. Isso pode ser bem vazio e gerar frustração. Em sociedades menores, a participação é mais direta e isso gera um senso de pertencimento.”